palavras palavras palavras qualquer coisa, menos o que realmente deva ser dito

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

DIA 4 - Descoberta

Eu não estava passando por bons dias, confesso. Não tem nada de errado em admitir isso e juro que não é coitadismo barato e auto-piedoso haha. Passei um bom tempo sem lembrar de quem realmente sou, e tem horas que a gente realmente sente saudade de quem somos mesmo sem saber o que significa isso. Confuso, eu sei.
Desde o começo desse ano me esforcei em mudar o que sou: libertino, despreocupado, desinteressado, [digite aqui o adjetivo aparentemente negativo],... e muita gente percebeu isso. EU percebi isso!
Óbvio que muitas coisas me levaram a fugir disso tudo: emprego, família, necessidade de centrar a mente em coisas positivistas (o que seria POSITIVO na minha vida? Ninguém NUNCA vai saber), afinal, eu estou ficando velho demais pra agir como um guri dezessetistas (mais uma pra lista "palavras que o Ace inventa"). Mas, ora pois, não podemos perder nossos princípios! Eu sou um cara legal e nunca ninguém vai me convencer do contrário. Mas sou legal da minha forma de entender o sentido de LEGAL. Não sou simpático, educado, bajulador, apoiador, prafrentista (outra!), realista em excesso ou tão metódico e esquemático quanto estava sendo... enfim, entendo como LEGAL o HONESTO, o VERDADEIRO, o SINCERO, o JUSTO,... Pois ESSES SIM são adjetivos dignos de respeito. RESPEITADOR também, tá na minha lista do SER LEGAL e EU SOU LEGAL, acreditem (se é que tem alguém lendo).
Sábado foi uma noite doida. Doida e boa. Fui o ACE de sempre, o ACE DE VERDADE. Esqueci da mascarazinha de cara forçado e fui o EU dos adjetivos em maiúsculas ali em cima. Sabe o que descobri: que as vezes precisamos fazer aquilo que sempre fizemos pra mantermos a única rotina realmente boa, a de sermos nós mesmos! (poesia pura esse Felipe, pqp haha) Fiz coisas péssimas e auto-destrutivas como sempre fizera no passado, mas com isso consegui lembra QUEM SOU e pra que estou aqui e pra onde eu vou e, principalmente hahaha, lembrei que só sou quem sou e que o resto é balela, não importa ou simplesmente não faço questão de descobrir. Afinal, os homens que procuram essas respostas todas aí acabam passando a vida tentando descobrir a verdade e esquecem de rir, conversar, beber, conhecer pessoas novas, interagir com pessoas antigas, descobrir novas ideias e novas formas de encher a cara... esquecem de ser FELIZES, e eu fui FELIZ no sábado e estou feliz agora. Não pelas coisas ruins que fiz (muitas), mas por tê-las feita no âmbito de lembrar a mim mesmo quem eu sou (tá repetitivo esse assunto). Um dia vou contar com detalhes isso tudo, agora não posso e o sono também não deixaria.

Ah, não posso deixar de contar uma passagem dos meus últimos tempos:
Há tempos eu passava pensando e pensando e pensando e planejando coisas com o cu (com todo o perdão da palavra) sentado numa cadeira giratória no quarto olhando pra um monitor de luminosidade altíssima terminando de foder meus olhos já fodidos pela miopia/ceratocone/[nome de doença errôneamente associada a DSTs]-intra-ocular e isso faz qualquer um se tornar meio amargurado ou simplesmente pensando besteiras e idiotices e negativices (Reinventando O Português, por Ace Vieira). Um dia desisti de fazer isso e fui assistir televisão na sala. Liguei no Telecine Cult (nunca havia assistido NADA em tal canal), preparei um saco de pipocas com aromatizante sabor bacon (microondas, te amo), um litro e meio de chá de morango e deitei no sofá. Dei a sorte de pegar um filme logo no começo: The Darjeeling Limited. Como a fonte no Wikipedia tá em inglês (pois a sinopse em português é muito fraca), vou dar uma resumida beeeeem por cima. Tá, não vou haha, procure em algum site sobre cinema, mas garanto que vai (se é que tem alguém lendo) curtir a trama toda e rir bastante, até :)
Mas aí beleza, acabei de ver o filme e, sinceramente, saí da sala com os olhos cheios de lágrimas e um sorriso abobado estampado no rosto. Cheguei no quarto e resolvi descompactar um disco que tava no meu HD há uns três meses sem nunca ser aberto. Elephant Stone - The Seven Seas (2009). E pra verem como sou um cara muito legal, vou até upar ele no 4shared pra que possam baixar e ouvir e se emocionar com os ritmos animados do grupo de folk/twee cujas informações ainda não encontrei na internet (e sequer me dediquei a procurar decentemente). Bom, enquanto o 4shared carrega o arquivo no meu folder, o que provavelmente demorará alguns minutos, eu me viro pra escrever aqui... tá, vocês não leem isso em tempo real, logo tanto faz pra vocês o tempo que levo pra upar um disco haehhaeuh, mas ó, ouçam antes de tudo (e pra não correrem o risco de perder tempo baixando o disco inteiro e não gostarem) a música que fecha ele chamada Don't You Know e, também, a mais linda do disco inteiro. É só clicar AQUI.
Voltando ao assunto principal desse trecho do post haha: o disco estava ali paradão na dele há meses já e, coincidentemente, o ouvi pela primeira vez logo após ter visto um filme que realmente me emocionou (e isso é dificílimo acontecer). Imaginem, então, como ficou minha cabeça depois disso tudo. Me senti um cara iluminado sabe-se lá porque e acabei abrindo o coração milhões de vezes na internet madrugada adentro hauehiaehikae é uma das passagens bizarras da minha vida, das coisas que foram estranhas viver mas que fizeram bastante sentido por um tempo.
Agora, seguinte, no próximo post vão ter o link pra baixar o The Seven Seas por completo haha pq agora preciso preparar um chá e ir dormir enquanto o 4shared upa tudo. Tenho DEZ MINUTOS apenas pra isso. Um bjs pras mina e até.

Um comentário:

  1. Pode acrescentar outro adjetivo que não é baba-ovo, mas muitas pessoas o encaram assim: bom escritor.
    é, mas desencana. só é sincero aquilo que não se diz; veja como o meu silêncio é também mais sujestivo:
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    beijinho, Bianca.

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